
Livros, mobiliário, artigos de decoração,… ganham nova vida e ajudam a cuidar dos animais no Porto Santo.
Está aí, e até ao final do mês, o tradicional bazar natalício da AAMA, a Associação dos Amigos dos Animais do Porto Santo.

Fundada em 2007, por um casal inglês – Jean e John Stoner, a AAMA foi a primeira associação sem fins lucrativos dedicada ao bem-estar animal na nossa Ilha. “Hoje é com o trabalho de meia dúzia de voluntários que não desistem e não baixam os braços, que a AAMA vai sobrevivendo,” disse ao jornal digital A Ilha, Joana Ricardo.
Para Joana Ricardo, “apesar de a nossa vocação ser ajudar os animais de rua, não podemos voltar as costas aos donos que por algum motivo precisam de ajuda: quer seja em alimentação ou em despesas veterinárias.”, acrescentou.
Ao longo de mais de uma década de serviço público, a AAMA tem vindo a esterilizar cães e gatos, prestando um serviço de valor inestimável para o controle de animais vadios, bem como mantendo as colónias de gatos ferais controladas, alimentadas e de boa saúde. Como a AAMA não tem canil/gatil, o trabalho é feito na rua e em ações de sensibilização para o problema do abandono e não esterilização dos animais.
AAMA precisa, urgentemente, de um espaço de apoio

Neste momento, a AAMA debate-se com uma situação muito grave. As instalações usadas para guardar as peças que lhes são oferecidas e revendidas no bazar terão que ser devolvidas ao Governo Regional. Uma situação insustentável, ” sem um espaço para armazenar tudo o que nos dão, é impossível manter a AAMA….o nosso apelo, vai no sentido de nos ajudarem a encontrar um espaço onde seja possível guardar as ofertas que nos chegam até à realização dos bazares”, pede Joana Ricardo.
” sem um espaço para armazenar tudo o que nos dão, é impossível manter a AAMA…”
Com um gasto anual de cerca de 9.000 Euros, cuja receita vem única e exclusivamente, do dinheiro realizado nos bazares. “Estes bazares, que já se tornaram uma tradição, funcionam com a solidariedade de quem nos dá peças que já não quer (nós aceitamos literalmente tudo) e da ajuda de quem compra objetos que por vezes são restaurados, recuperados ou simplesmente reutilizados, o que é um bom exemplo de como evitar o consumismo desenfreado a que estamos habituados e contribuir para uma ilha mais saudável!”, concluiu.

O bazar decorre no Centro Cultural e de Congressos até ao final do mês. Apareça!