
A Empresa de Eletricidade da Madeira (EEM) vai abandonar o projeto da Unidade de Microalgas para produção de Biodiesel.
45 milhões de euros depois é o fim do polémico projeto no Porto de Abrigo do Porto Santo.
A informação, avançada pelo presidente da EEM no programa Em Entrevista da RTP-M, lança uma nuvem negra sobre o futuro imediatos de 5 dezenas de trabalhadores porto-santenses. Na ocasião, Francisco Taboada nada referiu em relação aos postos de trabalho, anuncianado apenas que o projeto passaria para a esfera privada. Entre trabalhos diretos e indiretos haverá uma centena de trabalhadores e famílias em risco.

O projeto contemplava uma unidade de captura biológica de CO2 que teria como objetivo prioritário a criação de micro algas com vista à obtenção de Biomassa para a transformação em biocombustíveis.
Envolto em polémica desde o início, quando se levantaram suspeitas sobre as parcerias com investidor espanhol, o projeto sofreu várias alterações. Da produção de biocombustível, passou a ter por objetivo a produção de algas para alimentação humana, produção de medicamentos e produtos cosméticos. Terão sido estas alterações de finalidade que levaram Francisco Taboada a anunciar a transferência do projeto para a esfera privada.
Calado anunciara a recuperação dos 45 milhões em 15 anos

Numa visita realizada pelo então vice-Presidente do Governo Regional, atual presidente da Câmara do Funchal, o governante anunciava a recuperação do investimento nos próximos 15 anos. Na ocasião era já apontada a indústria alimentar e farmacêutica como objetivo da produção de algas, abandonando o projeto inicial do biodiesel.
Porto Santo, 13.04.2022