
Há também as plantas! E a Ilha do Porto Santo tem exemplares únicos! Que importa preservar! Por esse motivo é que hoje, dia 23, se assinala o Dia da Floresta Autóctone.
Ocasião para promover a importância da conservação das florestas naturais, das espécies caraterísticas de cada região, das árvores e plantas que são únicas.
A ilha do Porto Santo também se associou a esta celebração. No dia 13 de novembro, um grupo de alunos da Escola local foi chamado a concretizar uma proposta realizada em 2018-2019: um jardim municipal com plantas autóctones e endémicas. Com ampla cobertura mediática, na presença do representante do Governo Regional, do representante do Presidente da Câmara Municipal, da Presidente da Assembleia Municipal, entre outras entidades, foram plantados endemismos porto-santenses como: a losna, o limonium, a perpétua branca, o massaroco, o cheirolopus e a cabreira. Cerca de três dezenas de exemplares.

Foram plantados endemismos porto-santenses, como: a losna, o limonium, a perpétua branca, o massaroco, o cheirolopus e a cabreira.
O espaço escolhido para o jardim? Uma rotunda. A área foi requalificada e as oliveiras ali existentes foram transplantadas uns metros mais acima. (Sabia que o Porto Santo tem uma espécie de oliveira endémica – a olea maderensis? Há uma tese de doutoramento de Gina Brito sobre este assunto que merece ser lida.). O projeto camarário contempla ainda a representação de um dos símbolos mais icónicos do Porto Santo, como podemos ver nas imagens.

Desprezadas durante anos, em detrimento de outros exotismos e outros protagonismos, as plantas caraterísticas do Porto Santo são agora protegidas e acarinhadas pelos mais jovens, que assim corrigem os erros do passado e lhes garantem um futuro.

E se à chegada te sentires um pouco defraudado com o resultado final, em relação ao projeto apresentado, lembra-te de que muitas destas plantas sobreviveram durante séculos, em condições naturais e opções políticas muito adversas. E ainda assim, resistiram!