
(“É minha esperança que, num futuro próximo, exista um alargamento de horizontes por parte de todos; de forma a poder ser construído um Porto Santo com futuro para os que lá vivem”)
Crónica de Tiago Camacho (parte II)
Dou continuidade à crónica da semana passada, onde pergunta foi: regresso à ilha um passo atrás ou um avanço? E a resposta … passo atrás!
Porto Santo, oficialmente, é uma cidade, mas, apesar desse facto, nunca deixou de ser uma vila.
Esta é a minha visão, porque, apesar do desenvolvimento registado ao longo dos anos e que foi, de facto, evidenciado, ainda é uma “cidade pequena” com grandes lacunas de progresso; um acesso a bens e serviços deveras débil e com grandes dificuldades de ser, potencialmente, uma cidade digna de nome.
“a menos que exista uma mudança de mentalidades e comportamentos por parte daqueles que amam a sua terra, dificilmente serão dados os passos em frente, necessários”
Por isso, a menos que exista um projeto de Futuro, com bases sólidas e exequível, o regresso ao Porto Santo não poderá ser um avanço, para mim. Existe também um facto que “ajuda”, de uma forma negativa, a que tenha essa ideia: a mentalidade de terra pequena que é evidente na maioria da população e, até por vezes, de algumas pessoas que vivem fora, mas olham para a ilha de uma forma limitadora. O que muitos dizem – Porto Santo parado no tempo!
Tudo isto não abona a favor do desenvolvimento e, a menos que exista verdadeiramente uma mudança de mentalidades e comportamentos por parte de todos aqueles que amam a sua terra, dificilmente serão dados os passos em frente, necessários.
É minha esperança que, num futuro próximo, exista um alargamento de horizontes por parte de todos; de forma a poder ser construído um Porto Santo com futuro para os que lá vivem e se consiga fazer com que, como eu, quem pensa negativamente num regresso às raízes, esteja completamente errado.