
“Nós somos aquilo que queremos ou que aceitamos ser.”
(Artigo de opinião de Tiago Camacho)
Pelo título, estarão a pensar que falarei nos transportes, ou, então, nas medidas de prevenção da Covid-19, mas não.
Falo mesmo no isolamento constante e infligido/negligenciado, por parte das entidades e aceite como “normal” por parte de muitos porto-santenses.
Nós somos aquilo que queremos ou que aceitamos ser. Esta é a frase que reflete o porquê da disparidade no avanço de cada sociedade. Para tudo há um motivo e para o Porto Santo não é só estar rodeado de água.
O desenvolvimento apresentado, foi assente em falsas ilusões/promessas, que levaram todos a pensar que viveríamos anos de ouro. A aposta forte no turismo em detrimento da agricultura, bem como na construção de infraestruturas que pudessem corresponder à demanda anunciada, mostraram-se afinal num fracasso alarmante.
“Nós somos aquilo que queremos ou que aceitamos ser.”
Dos tantos milhões “despejados” na Ilha durante as últimas décadas, quantos foram realmente bem geridos? Temos campo de golfe, campos de ténis, campo de desportos de praia, zonas de lazer noturno, hotéis, etc. Quantos destes são verdadeiramente aproveitados? As promessas de um futuro risonho, assente no turismo e no desenvolvimento que daí advém, como ficaram? Somos ou não responsáveis por ter tido falta de ambição, ir na corrente, e acreditar cegamente no inacreditável?
São estas as perguntas que deixo para todos como reflexão.
Até à próxima semana.