
“As pessoas são o primeiro e o mais importante ativo da nossa Ilha.”
A cada dia que passa, parece que a pandemia no nosso país é cada vez mais preocupante… Mais preocupante, pois começamos a ter um SNS na sua capacidade máxima, começamos a ter os profissionais do SNS a dar sinais de cansaço, continuamos a ter uma preocupação acrescida com os doentes não covid (mesmo que não seja visível), continuamos a ter uma economia fragilizada com tudo o que têm acontecido…
Na nossa realidade, essa preocupação também é sentida… Sentida com o agravar das desigualdades sociais, sentida com um agravamento do desemprego (essencialmente o desemprego jovem e o de longa duração), sentida através da frágil economia que temos e que apesar de nos encontrar-nos no mês (janeiro) habitual de confinamento. Esquecem-se que no Porto Santo a pandemia chegou mais cedo…
Começou, como começa todos os anos – em Outubro, neste caso no ano de 2019.
Os tempos em que estamos inseridos permitem-nos perceber que muitos dos investimentos passados, não passaram de gastos de ocasião, ou não fosse esta pandemia demonstrar a “cru” os vários problemas estruturais e conjunturais do nosso concelho.
“Valorizar as pessoas é premiar a competência, o esforço, o desempenho e a responsabilidade individual no estudo, no trabalho e na vida profissional e empresarial.”
Não somos apenas um concelho da região, temos um destaque particular – somos uma Ilha. Esta posição natural e geográfica permite-nos ter desvantagens, mas também um conjunto de oportunidades que, aproveitadas, serão, sem dúvida, vantagens a ter em conta.
Mas, para isso, é necessário não voltarmos à velha máximo do passado e gastarmos de forma espontâneo os recursos (escassos) que temos em nosso poder; é necessário construir um caminho e uma ideia, para “ontem”, daquilo que queremos para Ilha, assim como garantir soluções naturais para os problemas que surjam no dia-a-dia.
As pessoas são o primeiro e o mais importante ativo da nossa Ilha. Apostar na valorização do capital humano é condição primeira para um concelho mais próspero.
Por isso, o principal investimento de futuro é o investimento nas pessoas de diferentes gerações, proveniências e capacidades.
Valorizar as pessoas é proporcionar a todos oportunidades de qualificação, através da educação e da formação profissional: aos jovens, a oportunidade de se qualificarem em condições de igualdade de acesso e de oportunidades de sucesso; e aos mais velhos, em particular aqueles que não tiveram a possibilidade de se qualificarem, assegurar que têm agora uma nova oportunidade para o fazer.
Valorizar as pessoas é premiar a competência, o esforço, o desempenho e a responsabilidade individual no estudo, no trabalho e na vida profissional e empresarial.
Valorizar as pessoas é valorizar o trabalho e promover o emprego, numa estratégia articulada com a política económica e as políticas sociais.
Valorizar as pessoas é promover a solidariedade e equilíbrio entre gerações, tendo em conta a necessidade de preparar a nossa sociedade para o inevitável envelhecimento populacional, ao mesmo tempo que se melhoram as condições para que os jovens adultos possam assumir a sua autonomia familiar.
Valorizar as pessoas é defender a igualdade entre todos e lutar contra todas as formas de discriminação, defendendo a igualdade entre mulheres e homens, a não discriminação de pessoas com deficiência, a igualdade perante a orientação sexual ou outra opção de vida.

A história é, sem dúvida, uma forma de olhar e ver o passado e com ela aprender para o futuro, hoje!
Ora vejamos, o dilema estratégico de Portugal ao longo da história e de que forma tentou superá-lo. Esse dilema está na posição geográfica do país, na periferia da Europa e que sempre sofreu de um condicionamento imposto pela Espanha. Mas esse constrangimento em relação à Europa é duplo, pois, se repararmos bem, a Península Ibérica funciona quase como uma ilha, tendo sido chamada, na altura da 2º guerra mundial, de “ilha ferroviária” devido à sua bitola ibérica que não permitiu a entrada nesta “ilha”. Com isto, queremos dizer que para superar este dilema, a história diz-nos, sendo até mesmo uma constante, o seguinte facto: sempre que nos viramos para o mar prosperamos, quando lhe virámos as costas estagnamos e definhamos.
Nós, sendo a primeira Ilha a ser descoberta, temos no ADN o mar e nele temos uma janela enorme de oportunidades que nos irão trazer benefícios económicos futuros.
“Decidir o que não fazer é tão importante quanto decidir o que fazer.” – Steve Jobs.