
3 de junho. Dia do Corpo de Deus. Enquanto uns aproveitam o feriado para descansar um pouco, ou vestem a sua melhor roupa para as cerimónias religiosas; no pavilhão do Sporting Clube do Porto Santo a azáfama é enorme.
Verificam-se equipamentos, preparam-se os balneários, preenchem-se as fichas de jogo, mil e uma tarefas para bem receber equipas vindas do Funchal e do Porto Moniz. Como uma igreja, na grande nave do pavilhão desportivo tudo está a postos para os três jogos do dia, à espera dos seus fiéis.
Às 12.00 horas, o primeiro encontro.

Vinda do Porto Moniz, de onde saiu por volta das 06.00 da manhã, a equipa de Iniciados vem pôr à prova os Leõezinhos do Porto Santo. Com um início atribulado, os da casa sofrem três golos nos minutos iniciais, mas, numa remontada incrível, conseguem empatar antes do intervalo e, no final do encontro, encerram com um expressivo 7-3.
Às 14.00 horas, novo embate.

Porventura o mais aguardado e considerado o mais difícil. Os Juniores do SCPS enfrentam a muito experiente equipa da Francisco Franco, onde pontuam dois velhos conhecidos da casa: o irrequieto Tomás e o sempre seguro guarda-redes João. Num jogo disputadíssimo até à segunda metade da segunda parte, os visitantes acabariam por levar a melhor, marcando primeiro e confirmando depois o ascendente. O resultado final 0-4 acaba por penalizar os esforçados anfitriões.
Às 16.00 horas, o último jogo.

De novo contra o clube do Porto Moniz. Desta feita foi a vez dos Juvenis do SCPS demonstrarem todo o ascendente. Logo nos minutos iniciais, quatro golos sem resposta. Depois, a toada manteve-se. Uma pressão constante, bons momentos de futebol e o resultado a avolumar-se.
No final da tarde, é tempo de arrumar. A massagista, o fotógrafo, os diretores técnicos e desportivos, os vários agentes policiais, treinadores, jogadores regressam a casa, para junto das suas famílias, depois do serviço à comunidade, para um resto de feriado. Dever cumprido. Religiosamente cumprido. Competição, desporto, formação humana dos jovens atletas em crescimento.
P.s.: Sente-se a falta de um público.