
A ex-Presidente da Câmara Municiapal do Porto Santo, Fátima Menezes, foi condenada a entregar ao Estado 17.533, 24 euros.
A condenação decorre das decisões tomadas no âmbito do processo da queda da palmeira que, em Agosto de 2010, vitimou duas pessoas e feriu gravemente uma terceira.
A devolução das verbas ao Estado provocou na Ex-Presidente uma manifestação de tristeza e indignação já que considera ter sempre agido de boa fé na atribuição do patrocínio de defesa aos elementos do elenco camarário diretamente envolvidos.
Uma década depois, o processo ainda decorre

No dia 22 de agosto, de 2010 a queda de uma palmeira no Largo das Palmeiras, durante o comício de “rentrée” do PSD-M matou uma madeirense de 61 anos e um jovem de 25 anos e a sua mãe, de 44 anos, com gravidade. Ambos residentes no continente.
O acidente deu-se durante o comício de “rentrée” do PSD-M. Na ocasião concentravam-se no local centenas de pessoas.
O processo judicial entretanto instaurado, mais de uma década depois, ainda não viu o seu fim. Apesar de condenados a 12 de abril de 2013, por dois crimes de homicídio por negligência e uma crime de ofensa à integridade física, os ex-autarcas Roberto Silva, Gina Brito Mendes e José António Vasconcelos foram ainda alvo de pedidos de indemnização por parte das famílias e de devolução de verbas por parte da própria autarquia.
Fátima Menezes foi a segunda mulher presidente na Madeira
Fátima Filipa de Menezes pertence a um núcleo muito restrito de mulheres que desempenharam funções de presidente de Câmara. Apenas três, até ao momento.
A edil porto-santense desempenhou o cargo por substituição de Roberto Silva, entre 08 de novembro de 2011 e 08 de outubro de 2013. A primeira mulher a exercer o cargo foi Maria Leonete dos Reis, na Ribeira Brava, entre 1987 e 1989, também por substituição e, agora em exercício encontra-se Célia Pessegueiro no município da Ponta do Sol.