
Um grupo de caçadores reuniu esforços para combater a pandemia que se abateu sobre os coelhos na Ilha.
Aquilo que começou com a descoberta de apenas três exemplares mortos, durante uma ação de correção do efetivo nas proximidades do campo de golfe, há uma semana atrás, tornou-se uma pandemia. A doença hemorrágica viral está, de novo, a dizimar a população de coelho na Ilha.
Numa luta contra o tempo, uma dezena de amantes da caça recolheu, no dia de hoje, 210 cadáveres.
“Não gosto de pensar de forma negativa, mas se continuar a alastrar desta forma – pois pelo que sei a pandemia já se encontra no Pedregal e Pico do Facho – não tarda a chegar à Serra de Dentro, e aí estará o caldo derramado,” contou João Valério, com a voz embargada pela tristeza.

“Sempre que pudermos, estaremos no terreno”, afirmou João Valério, com a voz embargada.
Questionado acerca de futuras iniciativas de limpeza e prevenção da propagação, Valério não hesitou, “o meu grupo continuará reunir-se. Como todos trabalhamos, só poderá voltar atacar no fim de semana, infelizmente. Mas sempre que pudermos estaremos no terreno!”.
Apesar de cansado e entristecido pela morte dos animais, João Valério não baixa os braços e afirma-se disponível, com o seu grupo, para colaborar com as autoridades florestais, para evitar a propagação da doença, “quem gosta de animais e ama o desporto que é a caça é assim”, concluiu.

João Valério deixou ainda um elogio à Associação de Caçadores da Madeira, pela disponibilização da cal hidratada.