Caçadores mantêm a esperança

Avistamentos alimentam a esperança. Crédito: Luís Melim

Os caçadores da Ilha mantêm a esperança na sobrevivência dos coelhos.

Diversos avistamentos, nos últimos dias, fazem acreditar que alguns animais irão resistir à Doença Hemorrágica Viral (DHV) que neste momento os afeta.

Apesar das provocações e das tentativas de desvalorização, parece ter surtido efeito o árduo trabalho dos Amantes da Caça ao Coelho do Porto Santo. Ao longo dos últimos dias, este grupo dedicado de jovens caçadores levou a cabo ações de limpeza dos animais mortos por DHV. O enterro de centenas e centenas de exemplares e a desinfeção com cal dos espaços terão limitado a propagação do vírus e permitido a sobrevivência de vários animais que têm sido vistos a correr pela Ilha.

“Vamos acreditar”, referiu um dos amantes da caça. A solução agora passará eventualmente pela vacinação dos exemplares sobreviventes.

Doença Hemorrágica Viral dos Coelhos (DHV)

Panfleto informativo. Crédito: Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária

De acordo com o Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária, a Doença Hemorrágica Viral (DHV) foi identificada pela primeira vez em Portugal, no arquipélago da Madeira, em 1987. Nos anos seguintes, o vírus da DHV (RHDV) foi detetado no arquipélago dos Açores e no Continente, e devido à elevada transmissibilidade e resistência no meio ambiente, tornou-se endémico nalgumas áreas.

A DHV é uma doença de origem viral com um período de incubação que pode variar de 1 a 5 dias, afetando animais de todas as faixas etárias.

A Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) recomenda a formalina (3%) para a desinfeção de peles e alerta para o facto de o vírus poder resistir na carne de coelho refrigerada ou congelada, pelo que o comércio de carne de coelho e seus derivados, constituem riscos de introdução da doença.
Nos cadáveres em decomposição no meio ambiente, o vírus resiste durante meses, constituindo fontes de infeção para animais saudáveis e promovendo a disseminação do vírus.
Qualquer material inerte contaminado, como alimentos, camas e água, pode também ser fonte de infeção.

Embora a erradicação não seja possível, podem ser implementadas algumas medidas de controlo, como a prospeção e remoção dos cadáveres encontrados. A vacina é o único instrumento reconhecido como eficaz para o controlo da doença.

Carlos Silva

Depois de uma viagem tranquila, mergulhado num mar de dúvidas, aportei a 2 de setembro de 1999, à Ilha do Porto Santo! À chegada, uma doce e quente onda de calor, qual afago de mulher amada, assaltou-me, até hoje! Do sucedido de então, até aos dias de hoje, guardo-o na memória; os sucessos, de hoje em diante, aqui ficam, para memória futura, da minha passagem pela Ilha!

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