Last Updated on 02/27/2021 17:58 by Carlos Silva

Muros de suporte, inscrições com datas semi-legíveis e um troço da antiga calçada foram postos a descoberto no edifício Baiana.
As obras de recuperação do antigo solar trouxeram, de novo, à luz do dia diversos vestígios arqueológicos. Destaque para um troço da antiga calçada que cobria a via pública. O empedrado irregular da estrada, que agora surge integrado na área do edifício, situa-se a cerca de 60 centímetros abaixo da atual cota da rua, num plano bem mais inclinado. Também o muro de suporte daquele que seria o espaço de logradouro da antiga habitação foi revelado. Com cerca de 20 centímetros de altura, a estrutura conserva ainda a sua cor ocre caraterística das casas senhoriais. Mas o vestígio que se destaca é uma inscrição cronológica. Situada no chão, naquela que seria a entrada para a habitação, um desenho elaborado em calhau rolado, preto e branco, permite perceber uma data. Permite porque uma intervenção posterior à sua construção, para instalação de uns canos, destruiu o numeral correspondente às centenas.
Depois do anúncio da descoberta das três matamorras, o trabalho cuidado e intensivo de estudo arqueológico tem permitido revelar diversos aspetos do exterior do solar setecentista, mais tarde integrado no conjunto arquitetónico.
O jornal digital A Ilha procurou obter autorização junto da Sociedade de Desenvolvimento do Porto Santo, dona da obra, para uma reportagem no local, mas não obteve resposta em tempo útil.
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