
No Dia Nacional do Azulejo, o jornal digital A Ilha presta homenagem a esta arte milenar e recorda a mais emblemática representação artística existente na Ilha – a Pietá da Igreja de Nossa Senhora da Piedade.
O painel de azulejos, colocado em 1940, reproduz uma cena bíblica – a Pietá – uma representação do encontro entre Jesus, sua Mãe e Maria Madalena no Monte Calvário. A dramática cena serviu de inspiração a diversos artistas, ao longo dos séculos, como o escultor Miguel Ângelo ou o pintor flamengo Anthony van Dyck, que inspirou a representação porto-santense.
Na mesma igreja é possível observar outros azulejos, tanto no exterior, na torre sineira, como no interior, as paredes laterais apresentam um lambril de azulejos tipo tapete. Decoração também visível num outro templo, a capela do Espírito Santo, no Sítio do Campo de Baixo.

A arte da azulejaria chegou até nós através dos árabes, por ocasião da conquista da Península Ibérica. Mais tarde, os portugueses adaptaram esta forma artística ao gosto ocidental e, além da geometria, os azulejos passaram a incluir cenas do quotidiano, religiosas ou naturais, com as quais se decoraram palácios, Igrejas, conventos, solares e jardins e, mais tarde, estações de comboio e de metropolitano.