
A praia na ilha do Porto Santo é, por estes dias, palco de uma extraordinária demonstração da força da Natureza: milhões e milhões de metros cúbicos de areia são arrastados para o largo. E, no extenso areal, o dourado dá lugar ao cinzento do calhau rolado.
“Vai a lavar!”, afirma despreocupado o senhor João, enquanto segura a cana de pesca que o vento não dá descanso e o mar está bastante agitado. “Vai a lavar. É sempre assim todos os anos.”, repete ao jornal digital A Ilha.

As fortes correntes marítimas, aliadas à maré cheia e aos ventos de sul têm vindo a despir a praia, em particular, na zona da baía entre a Fontinha, a Vila e o Porto de Abrigo.
Depois de ter feito as delícias de milhares de veraneantes, entre turistas e residentes, a areia é temporariamente deslocada para outras paragens. “Daqui a uns meses está de volta. Limpa e preparada para receber de novo toda a gente”, concluiu o senhor joão, enquanto recolhe a linha, vazia.
Na praia do Ribeiro Cochino, menos despida, os últimos turistas, maioritariamente estrangeiros aproveitam o sol de inverno e arriscam mesmo um banho nas águas quentes, mas agitadas, da Ilha Dourada.
